Deu entrada na Assembleia Legislativa um projeto de lei, de autoria do deputado Jair Miotto (União), que busca implantar nas escolas da rede pública de ensino a técnica ABA para educação de crianças, adolescentes e adultos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). ABA é uma sigla que vem da língua inglesa que significa Applied Behavior Analysis ou, em português, Análise do Comportamento Aplicada.
De acordo com o PL, o Poder Executivo poderá avaliar os estabelecimentos educacionais que já possuem uma estrutura física e recursos humanos para iniciar, gradativamente, a inclusão do ABA no sistema escolar. “Cada unidade de ensino deverá dispor de profissionais capacitados para a efetiva implantação da educação baseada em ABA. Uma equipe multidisciplinar, formada por psicológicos da área de educação, pedagogos, psicopedagogos e estagiários de pedagogia irão avaliar, criar um plano de ensino, aplicar e monitorar dos estudantes com TEA”, explica o deputado.
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Análise do Comportamento Aplicada
Segundo Miotto, a terapia ABA no autismo é importante, pois visa promover o ensino de novas habilidades. Também ajuda a lidar com comportamentos desafiadores, o que podem ser tanto comportamentos de crises, quanto aqueles que colocam em risco a integridade física. É um processo abrangente, estruturado e contínuo de reaprendizagem. “A Análise de Comportamento Aplicada avalia o indivíduo como um todo. É uma ciência baseada na avaliação do comportamento, definição de objetivos, programação de metas, planejamento de intervenções e protocolo de registros dos resultados, um processo claro e preciso. O objetivo principal é promover uma melhor qualidade de vida e a melhoria do bem-estar social do indivíduo, aprimorando a interação e a comunicação social”, justifica o deputado.
Através do método ABA é possível eliminar comportamentos prejudiciais e criar repertórios comportamentais positivos na criança e para o processo de aprendizagem. O método proporciona desenvolvimento cognitivo, interacional e de coordenação motora, além da construção do conhecimento. “Uma técnica focada em promover o ensino de novas habilidades e a ajudar lidar com comportamentos desafiadores. Mas, para que estes objetivos possam se concretizar, é necessário o engajamento de todos: alunos, dos responsáveis, da escola, professores e do Estado”, salienta o deputado.
Fonte: Agência ALESC – Gabinetes