Visando o aperfeiçoamento da democracia brasileira, deputada observou o exemplar processo de transparência aplicado nas eleições da Estônia
No dia 6 de março, a deputada Ana Campagnolo (PL) encerrou a missão internacional de observação aos processos de transparência aplicados nas eleições da Estônia. Foram três dias de seminários, atividades de campo, intercâmbio cultural representando Santa Catarina em uma comitiva com lideranças políticas e juristas de diversas partes do mundo.
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A missão foi promovida pela Caoeste, organização ligada ao sistema de transparência internacional que monitora as democracias e os processos eleitorais na América e na Europa, e é presidida por um brasileiro, Marcelo Peregrino.
Na Estônia, o voto é facultativo, mas o Estado oferece várias possibilidades para que os cidadãos exerçam esse direito, podendo votar em casa (via internet) ou presencialmente. Os serviços públicos do país são maciçamente digitalizados, de modo que é possível votar mesmo em hospitais ou abrigos. 63,7% dos eleitores participaram da eleição deste ano.
Para votar presencialmente, os estonianos devem portar sua carteira de identificação ao se dirigirem aos postos de votação. Lá eles escrevem numa cédula o número de seus candidatos. A cédula é posta dentro de um envelope e depositada em uma urna lacrada. A contagem desses votos é manual. Já os votos realizados pela internet são automaticamente computados.
No total, são 12 distritos e três tipos de eleições. O número e nome dos candidatos está disponível no site oficial para diminuir o número de equívocos na hora da escolha, e em todas as sessões há uma lista completa dos postulantes, assim como ocorre no Brasil.
Nas eleições deste domingo, o Partido Reformista, de centro-direita, liderado pela primeira-ministra Kaja Kallas, obteve maioria, com 31,6% dos votos. Apesar da vitória, o número ainda exige a formação de uma coalização com um ou mais partidos eleitos. No sistema parlamentarista, a primeira-ministra precisa ter apoio de mais de 50% dos eleitos para sustentar a posição.
Seu principal opositor, o partido nacionalista Ekre, ficou em segundo, com 16% dos votos. Outros partidos que elegeram representantes foram: o Centro (centro-esquerda), o liberal Estônia 200, o Social Democrata e o Isamaa (democrata-cristão). São 101 parlamentares.
Fonte: Agência ALESC – Gabinetes